Se você nunca tinha ouvido falar sobre práticas de autocuidado como tirar um tempinho para fazer uma máscara de argila, beber mais água, tomar banhos de sol, meditar, etc, é bem provável que tenha tido contato com isso durante a pandemia, quando muito se falou (e ainda se fala) sobre criar rituais de conexão e cuidado para aguentar a sobrecarga emocional.
Com isso, um elemento coringa veio à tona: os óleos essenciais. Essas substâncias líquidas nada mais são do que extratos orgânicos de plantas, altamente concentrados. E, apesar de parecerem inofensivos, devem ser usados com cautela e seguindo as orientações de um profissional.
"Na estética, a recomendação é usar [o óleo essencial] sempre diluído, em creme neutro, máscara de argila, óleo vegetal ou máscaras capilares. Por exemplo: uma pessoa que quer tratar melasmas, pode usar na máscara de argila branca. Se quer usar para melhorar as linhas de expressão, dilui em óleo vegetal ou creme neutro", recomenda Carla Dantas, técnica em estética da Phytoterápica. "Para cuidar da pele com celulite, pode diluir em um creme neutro para fazer a massagem local", completa ela.
Três linhas de atuação
De acordo com a profissional, a atuação dos óleos essenciais se dá principalmente em três frentes: para o bem-estar, tratar aspectos físicos ou questões estéticas.
No caso do bem-estar, eles atuam aumentando o foco e a concentração, e também promovendo alívio para fadiga mental, ansiedade, insônia, medo ou estresse. Sendo assim, o ideal é usar difusores de ambientes para aproveitar os benefícios e escolhar algumas das seguintes opções: alecrim, vetiver, hortelã-pimenta, manjericão, lavanda, limão ou bergamota.
Para questões, físicas, os óleos essenciais ajudam a trazer alívio em caso de dores musculares, articulares, má circulação e rigidez muscular. Para aproveitar esses benefícios, a especialista recomenda a realização de práticas de automassagem com os óleos de bétula, cipreste, junípero ou lavandim - sempre lembrando de diluir os óleos puros em bases como óleos vegetais, cremes e loções neutros.
No uso estético, deve-se lembrar que o maior órgão do corpo é o mais favorecido - a pele! Manchas, acnes, espinhas, oleosidade e linhas de expressão são algumas das questões que podem ser amenizadas com os óleos de manjericão, lavanda ou copaíba.
Queda de cabelo e retenção de líquidos também podem diminuir expressivamente com a ajuda dos óleos certos, como o de alecrim para os cuidados capilares e os de laranja, limão, mandarina, junípero ou grapefruit para o corpo.
Cuidados com armazenamento
Para usufruir da melhor forma possível, é necessário prestar atenção no armazenamento.
"O óleo essencial é volátil, ou seja, se dispersa no ar. Por esse motivo, é preciso manter o frasco bem fechado", lembra Carla. Além disso, como afirma a profissional, alguns tipos de óleos essenciais oxidam com mais rapidez, como é o caso dos cítricos (laranja, tangerina, bergamota), e os de eucalipto, lavanda e melaleuca.
"Esses devem ser mantidos longe do calor e da luz. Deixar o frasco de óleo essencial no carro é um grande erro, mas deixar na bolsa, bem fechado, é uma boa pois sempre que você precisar ele estará à mão", diz a profissional.
Vale lembrar também que é importante ler as recomendações de uso de cada tipo, pois a aplicação de alguns deles pode não ser indicada se a pessoa se expuser ao sol, por exemplo, como é o caso dos óleos cítricos.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Luciana Mastrorosa