Popularmente conhecido como "bumbum à brasileira" (em inglês, brazilian butt lift), o procedimento estético para aumentar os glúteos virou assunto nas redes sociais. Tudo começou quando uma brasileira, que mora nos Estados Unidos, contou em um vídeo no TikTok que as norte-americanas acreditavam que as mulheres no Brasil se submetiam a esta cirurgia aos 15 anos.
Com o tema da cirurgia plástica em alta, o R7 entrevistou especialistas no assunto para saber mais sobre o procedimento que, segundo os médicos, nada mais é do que uma lipoescultura.
"Consiste na lipoaspiração da gordura corporal e posterior colocação dessa gordura nos glúteos. Em geral, a gordura injetada nos glúteos é da cintura e costas, mas pode ser também do abdome, pernas e braços", explica o cirurgião plástico Francisco Alionis Neto.
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Em geral, a gordura injetada nos glúteos é retirada da cintura e das costas, mas pode ser de outras regiões.
"A gente utiliza o abdômen, os flancos, ou uma região superior ou inferior do tronco, qualquer desses locais se tira a gordura, se coleta e faz a injeção. É necessário que se faça pelo menos uns 600 a 800 ml de injeção de cada lado, porque há uma absorção em torno de 30 a 40%, para se chegar no tamanho ideal, mas com certeza é o melhor método para se fazer um aumento do bumbum", afirma Wandemberg Barbosa, cirurgião plástico e oncológico.
Os médicos explicaram ainda que o procedimento não é simples e o pós-cirúrgico requer cuidados. "A partir de três a quatro semanas, a paciente vai estar recuperada. Durante, pelo menos, 12 dias, ela deve ficar deitada, de bruços. Sempre que for sentar para fazer refeições ou ir ao banheiro, a paciente deve sempre utilizar a almofada pneumática", pontua Wandemberg.
Procedimento virou queridinho entre norte-americanas
A cirurgia plástica no bumbum ganhou o nome de brazilian butt lift fora do país e conquistou as norte-americanas. Francisco Alionis Neto conta que a "lipoescultura figura há anos entre os procedimentos mais realizados dentre as cirurgias plásticas" e explica de onde surgiu o nome popular.
"No mercado americano, referindo-se a projeção e volume glúteo das mulheres brasileiras. O termo rapidamente se expandiu tanto pra Europa quanto para países latino-americanos, e hoje virou sinônimo da nossa conhecida lipoescultura, que já é praticada há décadas", acrescenta.
Além disso, segundo Wandemberg, a cirurgia no músculo glúteo só perde para as próteses mamarias na lista de procedimentos mais desejados: "Com certeza, acredito no aumento dessa procura por parte da população".
Vale reforçar que apenas profissionais inscritos no Conselho Regional de Medicina e filiado à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estão aptos a realizar essa cirurgia.