Bem Estar Diástase abdominal: especialistas explicam condição que afetou Sheila Mello

Diástase abdominal: especialistas explicam condição que afetou Sheila Mello

Puérperas, mulheres sem filho e até homens podem ser afetados pelo afastamento do músculo do abdômen do reto abdominal

  • Bem Estar | Mariana Morello, do R7

Condição pode afetar homens e mulheres

Condição pode afetar homens e mulheres

Imagem de Anastasia Kazakova no Freepik

A ex-dançarina Sheila Mello resolveu abrir o jogo, há alguns dias, sobre as cirurgias plásticas às quais se submeteu recentemente, e os motivos por trás dos procedimentos. Uma das questões que a artista queria resolver é um problema muito comum em mulheres puérperas, a diástase abdominal. Famosas como Claudia Raia, Isa Scherer e Lore Improta também compartilharam com o público que sofreram disso após a gestação. Porém, o que é, de fato, a diástase? O R7 convidou alguns especialistas para sanar dúvidas em torno da condição.

Primeiro, é importante ressaltar que essa é uma questão que não afeta somente puérperas. Mulheres sem filhos e homens também podem sofrer com o problema. Simplificando, a diástase consiste no afastamento do músculo do abdômen do reto abdominal, e as principais causas são o parto e a gordura visceral.

No caso da gordura em excesso, ela começa a empurrar o abdômen para frente e, para se adequar aos músculos dos dois lados, ele se abre. Já em consequência de uma gravidez, os músculos se afastam para acomodar melhor o bebê — o que aconteceu com as estrelas e com Bianca Andrade, logo após o nascimento do filho, Cris.

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A fisioterapeuta especializada em fisioterapia pélvica Cristiane Albertassi avisa que "todas as gestantes vão passar por algum grau de diástase, já que os músculos retos abdominais vão se afastar para a barriga crescer". Porém, nem todas serão afetadas da mesma maneira. Cada uma terá um tipo de recuperação e tratamento diferente.

Ainda segundo Cristiane, os fatores determinantes para a gravidade da condição são "idade, altura [quanto mais alta a pessoa, maior a probabilidade], peso do bebê ao nascer, peso antes da gestação [quanto maior o sobrepeso, maior o risco], cesárea, sedentarismo, nível de treinamento da musculatura abdominal e dos músculos do períneo [quanto melhor o tônus, menor a probabilidade]".

Sintomas

Sheila Mello fez cirurgia para diástase

Sheila Mello fez cirurgia para diástase

Reprodução/Instagram/@sheilamello

Segundo Guilherme Berenhauser Leite, médico e especialista em cirurgia do aparelho digestivo, os sintomas mais comuns de diástase abdominal incluem uma protuberância na região do abdômen, fraqueza muscular, incontinência urinária, dor nas costas e problemas posturais.

Embora o diagnóstico deva ser feito por um profissional especializado, a esteticista Priscilla Araújo explica que, quando a diástase não é perceptível, uma estratégia para descobri-la é deitar-se no chão ou na cama, flexionar as duas pernas e levantar um pouquinho o tronco. "Ao elevar o tronco, há uma contração do abdômen, exatamente no meio. Se, ao colocar os dedos, eles afundarem, é porque há espaçamento entre os músculos ou ele já está caminhando para isso", ensina.

Porém, em um consultório especializado o diagnóstico será mais certeiro. "Procure [profissionais] que possuem conhecimento suficiente para avaliar o grau e traçar um plano de tratamento eficaz. Também é possível fazer uma USG abdominal, que vai dizer exatamente quanto há de afastamento e, principalmente, se há hérnia ou não", declara Priscila.

Tratamentos

Para o doutor Guilherme, o método mais eficaz é o uso da cirurgia robótica — que também é pouco invasiva. Ainda segundo o médico, a técnica intracavitária, também conhecida por retromuscular, é a opção de tratamento mais moderna para correção da diástase. "Essa abordagem permite uma recuperação mais rápida e facilita o retorno às atividades normais, enquanto evita deslocamentos subcutâneos, prevenindo, assim, o seroma. Além disso, a cirurgia robótica envolve apenas três incisões menores do que 1 centímetro", explica.

Porém, a via cirúrgica não é a única opção. A fisioterapeuta Cristiane conta que um dos principais métodos de correção da diástase é fisioterapia pélvica especializada. "Cirurgia somente deveria ser indicada nos casos de ruptura da linha alba com herniação, visto que o tratamento conservador com fisioterapia tem ótimos resultados", alerta.

A profissional explica ainda que o tratamento fisioterapêutico consiste em exercícios posturais — visto que grande parte dos músculos abdominais é composta de fibras "posturais" —, além de técnicas respiratórias, cinesioterapia específica e fortalecimento muscular focando inicialmente no abdômen.

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