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Renato e Cristiane Cardoso ensinam a manter um casamento feliz: "Não é suficiente amar"

Autores do livro Casamento Blindado falam sobre dificuldades da vida a dois

Casa e Decoração|Nathalia Ilovatte, do R7

O casal fala sobre superar as dificuldades do relacionamento
O casal fala sobre superar as dificuldades do relacionamento O casal fala sobre superar as dificuldades do relacionamento

Lançado em junho de 2012, o livro Casamento Blindado continua na lista dos dez mais vendidos do país. Escrito pelo casal Cristiane e Renato Cardoso, apresentadores do programa The Love School (Rede Record), o livro faz sucesso porque toca em um assunto universal: a dificuldade de homens e mulheres se relacionarem de maneira saudável.

Cristiane e o Renato dão dicas para casais melhorarem a comunicação, estabelecerem uma dinâmica harmoniosa e contornarem crises do relacionamento. Com linguagem simples e objetiva, o livro propõe alguns exercícios para solucionar o que não vai bem na vida a dois e ilustra alguns conceitos com histórias da vida dos autores.

Ao R7, Renato contou alguns dos segredos que acredita poderem transformar um romance para melhor e explicou por que, afinal, homens e mulheres têm tantas dificuldades para se entender.

R7: O livro ajuda casais a manter um relacionamento feliz e é um sucesso de vendas em todo o país. Ou seja, os casais estão mesmo em busca de ajuda e bons conselhos. Afinal, por que um homem e uma mulher que decidem se casar por amor têm tantas dificuldades em se entender e fazer a relação prosperar?

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Renato Cardoso: A resposta curta é: porque o ser humano é complicado! Cada um de nós tem doses diferentes de características bem humanas como egoísmo, orgulho, insegurança, cobiça, temperamento e outras que são altamente nocivas ao relacionamento. Por isso não é suficiente amar. É preciso saber lidar com esses inimigos do amor.

R7: Os problemas sempre aparecerão, ou um relacionamento feliz e próspero fica livre deles?

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Cristiane Cardoso: Em um relacionamento “blindado”, aquele onde o casal aprendeu a lidar com os erros e perigos inerentes à relação, os problemas praticamente desaparecem. Mas é claro que não há como prever o futuro. Novas situações que vão aparecendo podem testar o casal. Por exemplo, a chegada de um filho, uma mudança radical na vida financeira (para melhor ou pior), novos amigos ou amigas que podem ser uma má influência — enfim, por isso o casal nunca pode relaxar na relação, por melhor que esteja.

R7: No livro vocês falam que no dia do casamento o casal só conhece de 10 a 20% um do outro, pois os defeitos ficam "escondidos" durante a conquista, e por isso algumas atitudes surpreendem depois da oficialização da união. Vocês acreditam que namoros mais longos podem garantir casamentos mais felizes? Existe alguma relação entre o tempo de namoro e o sucesso do casamento?

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Renato Cardoso: Namoros relâmpagos não são bons, mas namoros muito longos tampouco. Consideramos que um namoro começa a se prolongar mais do que deveria a partir dos dois anos. Nossa recomendação é que o casal invista bastante no primeiro ano da relação para se conhecer o máximo possível. Se eles sabem o que estão buscando, têm as orientações que damos no livro, é possível se conhecerem bem mais que 20%. Nesse período, se fizerem as coisas certas, saberão o suficiente para decidir se a relação é para continuar ou terminar. Se é para continuar, então no segundo ano o foco começa a se voltar para o casamento e suas devidas preparações. Mais que isso, ou ficar namorando por um tempo indefinido, só começa a gerar estresse desnecessário na relação.

R7: É possível que o casal se conheça mais antes do casamento? Como isso pode acontecer?

Cristiane Cardoso: Os dois têm que ser focados no processo de descoberta de quem são: conhecer melhor a si mesmos e ao outro. As áreas principais de foco são o histórico familiar, o caráter, os futuros objetivos e expectativas, os parentes de ambos (sim, casamos com família também), o uso do dinheiro, a comunicação, a espiritualidade, e o sexo. Este último não é na prática dele, mas no seu significado e expectativas. Em todas essas áreas, muita sinceridade, observação atenciosa nos comportamentos e diálogo são essenciais.

R7: O livro também não aconselha manter amizades muito próximas com pessoas do sexo oposto. Qual é o limite para essas amizades?

Renato Cardoso: Cristiane e eu não temos amizades exclusivas, nem nas redes sociais. Todos os nossos amigos são em comum. Eu conheço os dela, ela os meus. Isso já elimina muitos problemas e vácuos na informação sobre o quê e com quem. Segundo, amizade com pessoas do sexo oposto tem um potencial muito grande de se desenvolver em algo mais. Para que o risco? Então tem que haver limites tais como não sair juntos sozinhos, dar carona, ficar de intimidade nas conversas, esconder do seu cônjuge contatos com essa pessoa. E outra regrinha: se alguém der em cima de você, o cônjuge tem que ser o primeiro a saber o que aconteceu e o que você fez (presumindo que você não devolveu a cantada!). Isso fortalece a confiança.

R7: No casamento os defeitos começam a aparecer, tanto os próprios como os alheios. Mas qual é o jeito certo de falar sobre um defeito do parceiro?

Renato Cardoso: Uma das maneiras é separar o mau comportamento da pessoa. Uma coisa é falar “Você é pão duro!” e outra é falar “Amor, eu queria conversar sobre como a sua personalidade tão generosa às vezes não reflete no seu uso do dinheiro.” Percebeu? Você reconhece que a pessoa tem qualidades, exalta essas qualidades, não ataca a pessoa mas sim o comportamento. Quando atacamos a pessoa, a reação é se defender. Quando atacamos o comportamento, abrimos a comunicação de forma positiva.

R7: Um defeito sempre deve ser mostrado no relacionamento ou às vezes é melhor guardar uma opinião sobre o outro para si?

Cristiane Cardoso: O famoso “sincericídio” é muito comum entre os casais. Em nome da sinceridade, a pessoa acha que tem que falar tudo o que pensa para o outro. Cada um tem seus limites e habilidades para lidar com críticas. Se você gosta de falar o que pensa mas o outro é hipersensível, esse relacionamento não vai durar. Se é algo que realmente incomoda, procure a maneira mais eficaz de comunicar. Mas nem tudo precisa ser falado.

R7: O livro cita muitos exemplos em que fica clara a dificuldade que homens e mulheres têm para se comunicar. Elas dizem uma coisa, eles entendem outra. Como chegar à mesma "língua"?

Renato Cardoso: A melhor comunicação é aquela que é clara e atinge o seu objetivo. Ambos comumente erram nesses dois pontos básicos: não expressam bem o que querem dizer e perdem de vista o objetivo do que querem com o que estão dizendo. No exemplo acima quando a esposa diz ao marido “Você é pão duro!” ela pode estar sendo clara mas perdeu de vista o objetivo, que é fazer o marido ser mais mão-aberta com o dinheiro. Ela erra porque o que ele entende com essas palavras é um ataque pessoal e não os benefícios de ser mais generoso. E também as palavras dela estão carregadas de emoção: raiva, decepção. Como falamos no livro, emoção é a ferramenta errada para resolver problemas, e péssima para a comunicação. A ferramenta certa é usar razão, a inteligência para se expressar com clareza e com o objetivo certo.

R7: O programa The Love School e o livro são um sucesso. Agora esse canal no R7 também vem para discutir o tema. Tudo isso indica que as pessoas precisam debater seus relacionamentos?

Cristiane Cardoso: Sem dúvida, as pessoas sofrem muito porque lhes falta o entendimento sobre como as coisas funcionam no amor. É preciso investir na reeducação amorosa e ficamos muito felizes porque o R7 abriu mais esse espaço para isso.

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