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O FLIPAR! te conta agora a história de uma adolescente que perdeu parte da perna após uma picada de mosquito, no estado de São Paulo.
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A jovem se chama Maria Clara Oliveira Nogueira, tem 14 anos e mora em Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo. Ela foi picada no dia 14 de fevereiro, durante uma atividade escolar.
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Tudo começou quando uma professora levou a classe para um exercício na horta da Escola Estadual Doutor Mário Toledo de Moraes, que fica no bairro Laranjeiras e na mata do Parque Estadual do Juquery. É uma região com muitos mosquitos e à noite a jovem começou a reclamar de dores na panturrilha.
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Os alunos tinham que lavar e pintar pneus para confeccionarem bancos, provavelmente na aula de artes. No entanto, o local estava com mato muito alto, até a altura do joelho dos adolescentes.
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O Parque Estadual tem uma área de 1.927,70 hectares, algo em torno de 19,3 km2 e fica entre as cidades de Caieiras e Franco da Rocha. É uma área de preservação ambiental, muito por conta de ser a única remanescente de Cerrado nas redondezas.
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Quinze dias após a picada, ainda com dores e pus no local, ela precisou ser internada no Hospital das Laranjeiras. Os médicos logo avisaram que a jovem poderia ter que amputar a perna. Após 49 dias hospitalizada, ela perdeu 30% da panturrilha esquerda.
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Especialistas ouvidos FLIPAR! afirmaram que não tem como a área se regenerar. O que pode tentar ser feito é um enxerto, processo onde há transferência de células de uma região do corpo para lá.
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A mãe também destacou que a filha não criou traumas e que quer voltar para a escola, mas no momento não pode pois o tratamento ainda não acabou e agora continua em casa, com remédios, curativos e repouso.
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Ela foi picada pelo mosquito-palha, que a transmitiu leishmaniose, uma doença que começa com úlceras na pele e febre e pode levar à morte, se for ignorada.
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O mosquito carrega o protozoário chamado leishmania e é transmitida pela picada da fêmea do mosquito. A doença também pode afetar animais, como cachorros e ratos. Não há transmissão direta entre pessoas e nem de um animal para o outro. Portanto, não é contagiosa.
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A doença é muito mais comum em países tropicais, como o Brasil. O mosquito-palha carrega o protozoário que causa a leishmaniose e tem hábitos noturnos ou nas extremidades do dia. Medem de 2 a 3 milímetros e por isso são capazes de atravessar malhas dos mosquiteiros e telas. São amarelados.
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Para se prevenir da doença, claro, evite regiões com mosquitos. Se precisar ir, use repelentes e telas mosquiteiras, mesmo eles sendo resistentes. Quem tiver jardim em casa, mantê-lo sempre limpo já que o mosquito se alimenta de fezes e alguns tipos de lixo.
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É muito importante se proteger de mosquitos, mas sem ficar neurótico também, né? De acordo com um levantamento da Fundação Bill e Melinda Gates, o inseto é o mais mortal do mundo e causa mais óbitos do que feras como leões, tigres, cobras e tubarões.
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Isso acontece porque temos muito mais contatos com mosquitos e existem mais mosquitos do que esses animais pelo planeta. Por exemplo: por ano, são 725 mil mortes causadas por mosquitos, contra 125 mil das cobras, em todo o mundo.
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Além da leishmaniose, os mosquitos também transmitem outras doenças que podem ser fatais, como dengue, febre amarela, chikungunya e malária.
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Os insetos também podem transmitir doenças graves, mas que não são fatais, como elefantíase e zika.
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No passado, já foi comum usar mosquitos como tática de guerra. Na Revolução do Haiti (1791-1804), por exemplo, um dos líderes da independência haitiana atraiu os colonizadores franceses para áreas com muitos mosquitos que transmitiam doenças fatais.
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