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Depois de algum mistério, finalmente foi confirmada a causa da morte do piloto de automobilismo, Douglas Costa, e sua namorada, Mariana Giordano.
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O Instituto Adolfo Lutz confirmou, nesta segunda-feira (12/06), que ele e a dentista morreram depois de contraírem febre maculosa.
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Os dois faleceram em Jundiaí (SP), na quinta-feira (08/06), após sentirem febre, dores e manchas vermelhas pelo corpo.
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Douglas Costa tinha 42 anos, era empresário e piloto de Fórmula C300.
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Além da própria febre maculosa, as suspeitas iniciais da Vigilância Epidemiológica de Jundiaí (SP) também consideravam dengue e leptospirose.
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De acordo com relatos, Mariana percebeu marcas de picadas de insetos em seu corpo depois de viajar para Campinas, localizada no interior de São Paulo.
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Mais tarde, o casal fez uma viagem para Monte Verde, uma região do município mineiro de Camanducaia, MG. O lugar não registrava um caso desse tipo há mais de 20 anos.
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Os sintomas só começaram a aparecer em Mariana no segundo dia de estadia.
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A febre maculosa é uma doença infecciosa originada pela mordida de um tipo de carrapato, o Amblyomma cajennense, conhecido popularmente como carrapato-estrela.
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Essa doença, que resulta em um estado febril intenso, pode se manifestar desde formas assintomáticas até casos mais graves, com um alto risco de óbito.
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Uma das dificuldades de se identificar a febre maculosa é o fato de seus sintomas se confundirem muito com outras doenças que também causam febre.
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O período de incubação da febre maculosa varia de dois a 14 dias. No casal, os sintomas surgiram no dia 3 de junho, ou seja, cinco dias antes de eles morrerem.
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Os municípios de Campinas (foto), onde o casal esteve, e Piracicaba, também situado no interior, são atualmente os locais com o maior número de casos documentados da doença.
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Até o momento, em 2023, foram registrados nove casos de febre maculosa no Brasil, resultando em três óbitos.
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No estado de São Paulo, existem duas variantes da bactéria. Ambas as cepas, Rickettsia rickettsii e Rickettsia parkeri, são potencialmente letais e exigem uma intervenção médica imediata para a administração de um antibiótico específico.
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A Secretaria de Estado da Saúde do município enfatizou a importância das pessoas que residem ou visitem áreas de transmissão ficarem atentas a qualquer indício de febre.
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“[...]procurem um serviço médico informando que estiveram nessas regiões para fazer um tratamento precoce e evitar o agravamento da doença”, explicou o órgão.
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De acordo com o Ministério da Saúde, de 2007 a 2021, foram confirmados, em média, cerca de 170 casos de febre maculosa por ano no Brasil.
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Dos 2.545 casos confirmados, 2.538 relataram terem tido algum tipo de exposição de risco e, destes, 68,5% frequentaram ambientes de mata.
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No mundo todo, existem mais de 20 espécies de bactérias do gênero Rickettsia que podem causar febre maculosa.
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Além de febre intensa e dores musculares, a febre maculosa pode gerar cansaço, náuseas e em alguns casos até vômitos e hemorragias.
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É importante destacar que a febre maculosa não se transmite de pessoa para pessoa, mas sim de um carrapato que contenha a bactéria.
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Para que a infecção aconteça, a aderência do carrapato à pele precisa ser prolongada, por um período médio de pelo menos quatro horas.
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Em geral, o diagnóstico da febre maculosa é obtido por meio de um teste chamado de Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), que detecta a presença de anticorpos contra a bactéria causadora, a partir de coleta de sangue.
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O tratamento para a febre maculosa pode ser realizado utilizando um medicamento antimicrobiano específico, administrado por via oral. Em casos mais graves, é necessário administrar o antibiótico por via intravenosa.
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Uma dica dos especialistas para se prevenir contra o carrapato é, se for visitar áreas rurais de muito mato, fazer uso de roupas claras para facilitar a visualização dos bichos. Além disso, sapatos fechados, camisas de manga longa e calças podem ajudar na prevenção.
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Outra dica comum é examinar minuciosamente todo o corpo justamente para remover carrapatos que possam estar grudados na roupa ou na pele. Para a remoção correta, é recomendado utilizar uma pinça.
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Após a retirada, a região afetada deve ser higienizada com água e sabão ou álcool.
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