A costa brasileira está convivendo com uma invasão de tilápias.
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A tilápia é um peixe nativo de água doce e muito comum em mares brasileiros.
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Um estudo publicado nesta semana na revista científica
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Pesquisadores brasileiros de onze instituições participaram da pesquisa. O trabalho demorou um ano para ser finalizado e reúne detalhes sobre o tema.
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O estudo aponta que foram registradas 19 invasões em áreas diferentes do Brasil. Isso significa que pode afetar a biota nativa.
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A tilápia não é um peixe nativo do Brasil. Sua origem é africana e a novidade consiste nesta invasão.
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Como a tilápia consegue sobreviver em águas salgadas? A explicação está na evolução da espécie, de acordo com o coordenador do estudo Jean Vitude (Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná).
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“Os ancestrais da tilápia vieram do mar, por isso, a espécie tem capacidade de tolerar algum grau de salinidade”, disse em entrevista ao
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“Surgiram vídeos na internet feitos na região de Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, que mostravam a presença de cardumes de tilápias no mar. Essa é uma região de água muito fria e salina, que sofre a influência de uma corrente oceânica que é profunda e que aflora na costa”, disse a ecóloga Ana Clara Sampaio Franco, da Universidade de Girona na Espanha, que liderou a pesquisa.
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“Nós temos registros que vão desde o Maranhão, até Santa Catarina. Passando por Espírito Santo, São Paulo e pelo Rio de Janeiro. Detectamos que esses casos não eram isolados, o que consideramos preocupante”, completou Ana Clara.
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A invasão é prejudicial em diferentes aspectos de acordo com o estudo.
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Por qual motivo? Porque a tilápia compete com espécies nativas por recursos, alimentos e espaço.
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De acordo com Jean Vitule, a tilápia é um bicho territorialista. Ela pode predar vários organismos, desde peixinhos até camarões, crustáceos e corais.
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Vitule também alerta que a invasão, inclusive, pode causar até a extinção de algumas espécies.
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O pesquisador alerta para a criação de tilápias em água salobra em alguns lugares do mundo.
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Essa prática afeta, além dos ambientes de água doce, os ecossistemas marinhos, alerta Vitule.
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Outro ponto importante do estudo está relacionado à criação de peixes no Brasil.
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Há uma alerta para um controle mais rígido.
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Jean Vitule: “Tilápia não é galinha, não fica confinada de fato. Você não vê galinha em uma unidade de conservação vivendo solta no meio do mato. Mas a tilápia você vê em unidades de conservação, o que é um problema