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Pelo menos 7 pessoas morreram, mais de 30 ficaram feridas e 4 desapareceram quando um paredão de rocha desmoronou sobre barcos no Lago de Furnas, em Capitólio (MG), neste sábado 8/1. Por trás da tragédia, estão as fortes chuvas que caem desde dezembro em várias regiões do país.
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Bombeiros afirmaram que a rocha do paredão que despencou é do tipo sedimentar, passível de erosão mais rápida em época de forte precipitação. O acidente ocorreu às 12h30 , quando muitos turistas passeavam de barco na área, bastante procurada por visitantes devido à sua beleza natural, a 300 km de Belo Horizonte.
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Temporais ou chuvas que caem durante muitos dias seguidos têm causado deslizamentos de encostas, transbordamento de rios e alagamentos em ruas, que provocam tragédias pelo país. Algumas remontam a décadas passadas. Outras são mais recentes.
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A maioria não é causada por fenômeno natural, como a de Capitólio. Mas, sim, pelo desgaste de áreas tomadas por construções ilegais, pelo entupimento de ralos após despejo irregular de lixo e pelo transbordamento de rios assoreados pela sujeira lançada pela população.
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Tragédias causadas por enchentes, portanto, não deixam apenas a memória do sofrimento de milhares de famílias. Mas uma lição de que deve haver mais responsabilidade do poder público para fiscalizar obras ilegais e preservar áreas de conservação; e da própria população para agir dentro da lei e conservar o bem coletivo.
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O Flipar mostra nesta galeria algumas tragédias provocadas por alagamentos e deslizamentos de terra que deixaram uma marca na história do país.
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PORTO ALEGRE (RS) - 1941 - Entre abril e maio, enchentes deixaram o centro de Porto Alegre debaixo d'água. Foi o maior alagamento da história da capital gaúcha, com cerca de 70 mil desabrigados, o que representava 1/4 dos habitantes da cidade na época.
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Choveu durante 22 dias seguidos. Os rios que alimentam o Guaíba transbordaram e fortes ventos vindos do Sul pela Lagoa dos Patos represavam as águas. Porto Alegre parecia Veneza, com barcos passando entre os imóveis. Só que, neste caso, de forma dramática.
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A cidade ficou ilhada. O aeroporto foi fechado, com um metro de água na pista; os trens não podiam circular e, no porto, guindastes ficaram sem energia.
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CARAGUATATUBA (SP) - 1967 - Em março, enchentes e deslizamentos assolaram o município. 436 pessoas morreram. A ajuda teve que chegar pelo ar e pelo mar, pois ficou impossível acessar a cidade por terra.
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MINAS GERAIS E ESPÍRITO SANTO - 1979 - Entre janeiro e fevereiro, choveu muito na bacia do Rio Doce. E no dia 3/2 ele transbordou, inundando completamente os municípios de Respledor, Tumuritinga, Galileia, Itueta, Aimorés e Conselheiro Pena.
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Outros municípios ficaram parcialmente alagados. Ao todo, as enchentes deixaram 74 mortos e quase 48 mil desabrigados. Foram atingidas 4.424 casas. A cidade mais afetada foi Ipatinga, com 10 mil desabrigados e 42 mortos.
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SANTA CATARINA- 2008 - Em novembro, 135 pessoas morreram e cerca de 15 mil tiveram que deixar suas casas devido às enchentes e aos deslizamentos de terra provocados pelos temporais em Santa Catarina. Catorze municípios, entre eles Blumenau, decretaram estado de calamidade pública.
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NORTE E NORDESTE - 2009 - Em abril, inundações provocadas por chuva forte foram se espalhando nas duas regiões do país. Primeiro o Maranhão, depois o Pará, o Amazonas e, por fim, outros estados: Piauí, Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
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19 pessoas morreram e cerca de 800 mil mil ficaram desabrigadas. Diante da situação de emergência, os Estados Unidos, a Arábia Saudita (que estava sendo visitada pelo presidente Lula) e o Reino Unido enviaram ajuda para as vítimas das enchentes.
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RIO DE JANEIRO - 2010 - Em abril de 2010, inundações e deslizamentos de terra ocorreram em várias partes da região metropolitana do Rio de Janeiro. 48 pessoas morreram na cidade do Rio e 105 em municípios próximos, como Niterói e São Gonçalo.
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O símbolo da tragédia foi o Morro do Bumba, em Niterói, antigo lixão ocupado irregularmente com moradias em área instável. A prefeitura havia sido informada dos riscos pela Universidade Federal Fluminense, mas não agiu. 267 pessoas morreram, mas apenas 46 corpos foram encontrados.
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ALAGOAS E PERNAMBUCO - 2010 - Em junho, os dois estados sofreram com enchentes nas cidades banhadas pelos rios Sirinhaém, Canhoto, Mundaú, Una e Piranji. Mais de 30 municípios dos dois estados declararam estado de emergência.
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RIO DE JANEIRO - 2011 - 918 pessoas morreram e quase 100 ficaram desaparecidas, após as fortes chuvas que castigaram a Região Serrana. Foi o maior desastre climático da história do país, em número de vítimas. As encostas ficaram com várias marcas dos deslizamentos de terra, que arrastaram a vegetação.
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Foram devastados diversos pontos em Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis. Além de deslizamentos que deixaram pessoas soterradas, houve muitos alagamentos e afundamentos de estradas. A chuva também causou estragos em São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim, Sumidouro e Areal.
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Uma das imagens mais impactantes foi o salvamento da moradora Ilair,em meio à forte correnteza que destruiu sua casa. Ela foi salva por vizinhos que jogaram uma corda. Mas não conseguiu proteger o cachorro e ele foi levado pela água.
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SANTA CATARINA - 2011 - Em setembro, 83 municípios de Santa Catarina decretaram situação de emergência por causa das fortes chuvas, que causaram 6 mortes e deixaram cerca de 50 mil pessoas fora de casa. Um alerta máximo foi acionado para a Barragem de Taió, que atingiu o limite, exigindo a abertura das comportas.
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BAHIA - 2021 - Dezembro foi mês de tragédia com enchentes que deixaram 164 municípios em estado de emergência, mais de 30 mil desabrigados e quase 63 mil desalojados.
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Os alagamentos afetaram mais de 850 mil pessoas. Pelo menos 26 morreram e 520 ficaram feridas. A calamidade persiste em 2022, a ponto de o governo americano anunciar doação para as famílias atingidas.
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