Resumindo a Notícia
- Desfile na Semana de Moda de Paris pela Hermès foi interrompido por ativistas dos animais.
- Gramado recriado nos quartéis da Guarda Republicana francesa.
- Destaque para tons de vermelho e peças convidativas para piquenique.
- Marca espanhola estreia na Semana de Moda de Paris focando em simplicidade e detalhes marcantes.
"Chega de peles exóticas", dizia o cartaz
JULIEN DE ROSA / AFPSapatos baixos e roupa informal, mas elegante: a mulher da Hermès caminhou sobre a grama alta, neste sábado (30), durante um desfile da Semana de Moda de Paris, que foi interrompido brevemente pela associação de direitos dos animais Peta.
Para esse desfile, a casa de luxo recriou um gramado nos quartéis da Guarda Republicana francesa, onde se podia sentir o cheiro dos cavalos.
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Inesperadamente, um ativista da Peta se juntou às modelos nos corredores, exibindo um cartaz com os dizeres "Hermès: chega de peles exóticas".
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"A Peta invadiu a passarela da Hermès para pedir que a marca abandone estes materiais", informou, por meio de nota, a associação, que denuncia o uso de peles de jacaré pela marca.
Na passarela, o vermelho em todas as suas tonalidades se destacou no gramado — uma bofetada visual nesta Semana da Moda dominada pelas cores sóbrias.
"O vermelho pode ter conotações muito negativas. Queria recuperar seu lado estético e simbólico de força, beleza e poder", explicou à AFP a diretora artística de coleções femininas, Nadège Vanhee-Cybulski.
Calças curtas, vestidos amplos, ternos suaves: a roupa convida a desfrutar de um piquenique na grama.
Os "crop tops" (tops curtos que deixam o umbigo de fora) e os recortes nas costas ou na cintura conferem aos conjuntos uma sofisticação noturna.
Um processo inovador, que consiste em colocar o couro sobre uma base de malha, dá à roupa uma aparência de segunda pele.
Várias peças são modulares: "São apertadas e afrouxadas segundo o estado de ânimo e o tipo de corpo", enfatizou a estilista.
A marca espanhola Paloma Wool estreou no calendário oficial da Semana de Moda de Paris quase uma década depois de sua criação.
Boa parte das coleções de primavera/verão foi marcada este ano pela sobriedade das cores e modelos com as quais a estilista catalã Paloma Lana, de 33 anos, se identifica plenamente.
Filha de empresários da moda, ela prestou tributo aos detalhes simples que às vezes fazem a diferença em um desfile.
Alguns exemplos: uma tanga feita de botões pequeníssimos de madrepérola, uma camisa minúscula em estilo bolero, usada sobre saias ou calças em tons terrosos.
Paloma Wool levou a sério a diretriz da Fashion Week parisiense: antes de tudo, apresentar uma coleção para a primavera e o verão.
"É como eu sinto a moda. É como eu gostaria de me vestir", explicou à AFP a designer.
"Brincamos com sedas muito finas, transparentes, com camadas diferentes, aquilo que é visível e o que não é", disse.
A moda é, antes de tudo, um projeto, "com mulheres que representam meus valores, a amizade, a delicadeza", acrescentou.
As modelos terminaram o desfile exibindo fotos de rostos envelhecidos que deixaram cair no chão. As fotos eram dos próprios rostos das jovens modelos, envelhecidos digitalmente.
"Penso que é uma imagem que não estamos muito acostumados a ver e que foi muito chocante para elas. Muitas começaram a chorar quando se viram, porque pareciam com suas mães. Foi emocionante", explicou.
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