Na urna, cada pessoa tem direito a um voto, e cada voto tem exatamente o mesmo peso
Divulgação/TSEPara decidir o que queremos para o futuro é preciso analisar o que foi preciso acontecer no passado para que tivéssemos os direitos que desfrutamos no presente. Há menos de 40 anos, o brasileiro retomou o direito de votar para presidente, graças ao movimento Diretas Já, que foi de março de 1983 a abril de 1984.
Para os mais jovens, quatro décadas pode parecer uma eternidade, mas quem viveu aquela época sabe bem que o tempo voa, além do que, quando o assunto é história, um século não passa de uma gota no oceano.
Embora nosso direito de escolha tenha sido conquistado pouco tempo atrás e a duras penas, milhões de pessoas estão dispostas a jogar tudo pela janela, deixando de votar e de participar do movimento mais democrático do país.
E ainda que o Brasil esteja polarizado e que haja movimentos trabalhando duro para dividir cada vez mais as pessoas – jogando umas contra as outras – na urna não há ricos ou pobres, brancos ou negros, homens ou mulheres, jovens ou idosos. Cada pessoa tem direito a um voto, e cada voto tem exatamente o mesmo peso. É diante de uma urna que somos todos iguais.
Porém, o que não são iguais são as propostas de ambos os candidatos. Em vez de focar nas propostas de cada um, os debates têm girado em torno de suposições, ilações, conjecturas e até devaneios. Mas, ainda há tempo de entender o que cada um propõe e os riscos que corremos ao ignorarmos esta eleição, que já é considerada a mais importante dos últimos tempos.
Não é momento de priorizar sentimentos e emoções, mas sim, de analisar dados e fatos de forma racional. Há um abismo que divide as propostas da esquerda e as da direita, pois são totalmente opostas, e não há como colocar os dois lados no mesmo prato da balança.
Cada movimento trabalha sobre conceitos absolutamente contrários, o que deixa a escolha ainda mais fácil de ser feita. Porém, o que tem dificultado essa decisão são justamente as narrativas criadas por grupos que querem ter de volta o que perderam e, para isso, precisam que você abra mão do seu direito, que você se omita e que se conforme.
O poder de escolha está literalmente nas suas mãos. Dar as costas ao seu direito pode até lhe proporcionar uma sensação de isenção, de não ter de assumir nenhuma culpa futuramente, mas isso não vai lhe isentar de lidar com as consequências do que virá.
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