Patricia Lages Análise: Geração Z, insatisfação e o mar Morto

Análise: Geração Z, insatisfação e o mar Morto

Por que a geração que mais tem tudo ao seu dispor tem sido a mais insatisfeita, depressiva e frustrada?

Para entender um pouco o que pode estar acontecendo com a geração Z é preciso, antes de tudo, saber o que a diferencia das demais. Já que estamos falando dos nativos digitais, levantamos algumas definições na internet sobre os zommers:

Geração Z acredita que foi criada para ser servida

Geração Z acredita que foi criada para ser servida

Reprodução/Freepik

• Não costumam criar vínculos duradouros com pessoas
• Evitam sair de casa, totalmente adaptados ao delivery
• Preferem ficar sozinhos
• Evitam se relacionar com pessoas que não dividem as mesmas opiniões
• Acreditam possuir mais direitos que as gerações anteriores
• Têm propensão a alterações de humor e irritabilidade
• Sentem profunda tristeza quando seus dispositivos tecnológicos ficam obsoletos
• Dificuldades de lidar com a frustração
• Críticos
• Indefinidos
• Imediatistas
• Ansiosos
• Depressivos

Analisando essas características fica fácil notar que a geração Z foi criada para crer que veio ao mundo com a missão de ser servida. Se fecha em si mesma, supervaloriza a tecnologia, não respeita opiniões divergentes e, se não for atendida imediatamente em seus anseios, explode ou implode.
 
A geração que tem o mundo inteiro na palma da mão deu origem a termos antes inimagináveis, como “nem-nem”, significando aqueles que nem estudam nem trabalham. Tem facilidades jamais desfrutadas pelas gerações anteriores, mas ainda assim é desmotivada, desalentada, depressiva.

A questão é que aquele que só recebe, mas não dá, fica como o mar Morto. Situado na depressão mais profunda da Terra, a mais de 400 metros abaixo do nível do mar, o lago salgado é alimentado pelo rio Jordão, mas não desagua em nenhum outro. Ele só recebe e acumula, concentrando muito mais sal do que qualquer oceano e, por isso, não tem vida em si mesmo.

Quem não serve não se sente útil e isso explica muita coisa.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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