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Presidente do Peru tenta dar golpe de Estado, é destituído do cargo e preso

Pedro Castillo, membro do Foro de São Paulo, recolheu armas de civis, impôs toque de recolher, dissolveu o Congresso, mas sofreu impeachment

Patricia Lages|Do R7

Quanto mais socialista, mais complicada se torna a América Latina. Um dia depois da condenação por corrupção da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, nesta quarta-feira (07) foi a vez de Pedro Castillo, atual ex-presidente do Peru, ver seu plano de poder ir por água abaixo.

Assim como o PT se solidarizou com a recém condenada por meio de uma mensagem onde Gleisi Hoffmann, presidente do partido, afirma que Kirchner está sofrendo perseguição, Lula também mostrou seu apoio a Pedro Castillo durante a campanha eleitoral peruana.

No site do Foro de São Paulo – aquela organização esquerdista que até pouco tempo atrás a velha imprensa dizia que não existia, pois não passava de teoria da conspiração – está publicada a carta de apoio de Luiz Inácio Lula da Silva a Castillo, três dias antes do segundo turno das eleições no Peru. Segue trecho:

Declaração de Lula sobre Pedro Castillo na última eleição presidencial no Peru
Declaração de Lula sobre Pedro Castillo na última eleição presidencial no Peru Declaração de Lula sobre Pedro Castillo na última eleição presidencial no Peru

“Neste segundo turno das eleições nacionais, o povo peruano deverá escolher entre a garantia dos direitos democráticos e a inclusão social, de um lado, e o autoritarismo e a visão elitista da sociedade, de outro. No próximo dia 06 de junho, espero que prevaleça a vontade genuína do povo de derrotar o projeto autoritário representado por Keiko Fujimori, através do voto na candidatura do professor Pedro Castillo.”

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Apesar de Lula declarar que seu aliado garantiria os “direitos democráticos”, Castillo tentou dar um golpe de Estado: decretou governo de exceção, dissolveu o Congresso, convocou novas eleições para estabelecer outra Constituição e, nesse meio tempo, decidiu que iria governar por meio de decretos.

Como se isso fosse pouco, para assegurar que ninguém se manifestasse contra, Castillo deu 72 horas para que a população devolvesse suas armas ao posto policial mais próximo e impôs toque de recolher. Medidas bastante “democráticas” na visão esquerdista. Porém, o tiro saiu pela culatra e, além de ser destituído do cargo por “incapacidade moral” e “falta de rumo”, o ex-presidente foi preso.

O Parlamento peruano agiu de forma rápida e precisa ao se unir para, de fato, garantir o estado democrático de direito, derrubando qualquer tentativa de golpe, de desrespeito à Constituição e de autoritarismo. Desta vez, a estratégia esquerdista do “chame-os do que você é, acuse-os do que você faz” não funcionou. Vitória da democracia.

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