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"É ótimo passar na obra e receber um elogio", diz Danuza Leão 

Colunista se alinha à Catherine Deneuve e questiona o "assédio sexual" 

Blog da DB|Deborah Bresser

Danuza celebra o assédio masculino
Danuza celebra o assédio masculino Danuza celebra o assédio masculino

O tal manifesto assinado pela atriz francesa Catherine Deneuve, de 74 anos, e mais 99 mulheres francesas, está dando o que falar. Uma das opiniões controversas veio da colunista do caderno Ela, do jornal O Globo, Danuza Leão. Alinhada com o pensamento das francesas, para as quais os homens deveriam ser "livres para flertar" com as mulheres, Danuza questionou o conceito de assédio e lembrou que, num flerte sexual, alguém tem de tomar a iniciativa. A colunista ainda provoca movimentos como o "Chega de Fiu Fiu" ao admitir que acha ótimo "passar em frente a uma obra e receber um elogio". E recomenda assédio três vezes por semana para que uma mulher seja feliz. Veja o que ela disse: 

— O que não está claro para mim é o conceito de assédio. É uma paquera? Avanços sexuais entre homens e mulheres começam sempre de um lado. Às vezes, o outro lado não quer, e isso é normal. Como definir? Espero que essa moda de denúncia contra assédio sexual não chegue ao Brasil. O que aconteceu no Globo de Ouro me pareceu um grande funeral. Apesar dos vestidos lindíssimos, acho que aquelas mulheres (que foram à cerimônia de preto) foram muito pouco paqueradas e voltaram sozinhas para casa. Não acho que as denúncias de assédio possam gerar uma 'caça às bruxas' porque são uma coisa ridídula, para começo de históra. É doloroso saber que uma mulher pode fazer uma acusação e tirar o emprego de um homem. É algo pecaminioso. Mas isso é coisa de americano. Lá eles não tem noção de sexo. É ótimo passar em frente a uma obra e receber um elogio. Sou desse tempo. Acho que toda mulher deveria se assediada pelo menos três vezes por semana para ser feliz. Viva os homens.

Danuza, ainda mais do que as francesas que publicaram o manifesto no Le Monde, de fato parece ter parado no tempo. O que se discute em movimentos como o #metoo, #times'up, "meuprimeiroassédio, #chegadefiufiu não é o combate ao flerte ou à paquera saudável. O ponto em questão é o consentimento. Mulheres do mundo inteiro são ininterruptamente incomodadas por abordagens agressivas e violentas.

Sofrem com o assédio sexual no trabalho, como os que vieram à tona no escândalo envolvendo o produtor americano Harvey Weinstein. Portanto, colocar os homens QUE COMETEM ASSÉDIO SEXUAL nessa posição de coitadinhos, oh, eles vão perder o emprego, é um equívoco. Homem que chantageia funcionária em troca de favores sexuais deve é ir em cana, não só perder o posto de trabalho.

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Ver uma mulher madura e vivida atrelar sua dose semanal de felicidade a abordagens de estranhos na rua é, sinceramente, lamentável. Ser paquerada não é o único objetivo da vida de uma mulher. E voltar para casa sozinha, garanto, na maior parte das vezes, é um alívio. 

Concordo que possa estar havendo alguns excessos puritanos no que pode ou não ser considerado assédio. Como eu já disse, é preciso, sim, diferenciar uma cantada barata de um assédio. Caso contrário, as relações humanas vão entrar em extinção. Mas daí a celebrar o pior das condutas masculinas, já estão indo longe demais. 

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